quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Beja, a capital do Baixo - Alentejo.


Se os partidos políticos residentes fossem inteligentes saberiam o quanto é deficitária a informação sobre Beja. Referimo-nos a informação fidedigna: turística e económica, geográfica (que tudo engloba), religiosa, política, e por aí fora. Beja não pode continuar a sobreviver com a poesia dos horizontes contínuos e infinitos, do povo irreverente que só se mede a si próprio e é alheio, quando não, felizmente, crítico, da globalização, da qual não pode nem deve fugir, porque a integra e nela deve participar com altruísmo, mas sem permitir programas polis que a desvirtuam. Sabemos o quanto este altruísmo, interpretado no sentido religioso (que até não lhe fica, nem ficaria, mal, antes pelo contrario, é, e seria, de louvar) tem sido condenado, como se não fôssemos, pelo menos, cristãos, nas horas mais aflitivas. Com as barbas a arder todos mostram alguma fé.
Beja tem vivido para si própria. Quem “manda” (assim, entre aspas) na cidade, manda mesmo, totalmente, e a história dos reis, dos príncipes, dos duques e dos condes, enfim, da realeza e da nobreza, é uma história que não convence em termos verdadeiramente culturais os valores da esquerda ou, pelo menos, de uma determinada esquerda política. Em Beja, nos últimos anos, a cultura da História só aparece, em termos políticos, aquando das eleições autárquicas ou legislativas – nos anos subsequentes é para esquecer. Vão buscar o património edificado, histórico, e todo o outro património cultural que nele assenta os seus alicerces, para valorizar os seus já gastos discursos. Foi o povo que construiu! Pura demagogia. Se alguns políticos pudessem derrubavam tudo o que cheira a passado, porque este representa lição crítica que não desejam apre(e)nder. Se o povo tivesse construído o que pretendem, por certo não necessitaria deles, dispensá-los-ia.
Uma cidade histórica como Beja que podia dar cartas a qualquer outra cidade da Europa na área cultural, tem-se sujeitado a um lugar subalterno, mercê da carência de valorização humana e material que merece.
Da arquitectura à literatura, da arte tradicional ao cante, perspectiva-se e articula-se, agora, um mundo cultural mais justo para todos, assim os bejenses saibam exercer os seus direitos de cidadania, participando activamente na reabilitação da sua cidade.
Dar voz, por igual, às críticas formais e informais da população bejense é o sério objectivo deste site, que tenta evitar o formato político de um programa mediático de acesso ao poleiro, sob o lema: Pela defesa intransigente de Beja, pela sua História e principalmente pelo seu bem-estar presente e futuro.
Nota: a foto refere-se às obras do Polis no Largo de São João, em Beja. Encontram-se devidamente assinalados os empecilhos marmóreos que muito têm contribuido, à beira do passeio, para a queda de pessoas idosas. É UM DESASTRE O PROJECTO DESTE LARGO... QUANDO O PROGRAMA POLIS AFINAL ATÉ TENTA ELIMINAR AS BARREIRAS ARQUITECTÓNICAS. UM AUTENTICO ABSURDO!

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Passaram por aqui milhares de olhos, provavelmente leram alguma coisa, mas nada tiveram para dizer. É esta a atitude normal da cidadania bejense. - Quando o problema que lhes diga directamente respeito lhes bater à porta hão-de ser capazes de lançar ao mundo todas a suas imprecações, mas, será tarde, já não haverá ninguém para ouvi-los.
    Leonel Borrela

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